Reuniões C20 de 01/07/2024 – 8.00 ~ 18:00
Após participar de inúmeras reuniões no Zoom nos últimos meses em nove Grupos de Trabalho do C20 2024 (veja os outros artigos), e após enviar muitas contribuições por escrito por e-mail, o comitê organizador do C20 nos escreveu dizendo que consideraram importante nossa participação no evento presencial de dois dias “C20 Midterm Meeting“.
Além disso, o fato de estarmos localizados a apenas duas estações de metrô do local do evento (Casa Firjan) também desempenhou um papel.
O primeiro dia começou com declarações de representantes dos Ministros brasileiros (veja a lista no documento PDF abaixo).
Em particular, estava presente o Sr. Gustavo Westmann, que é Assessor Diplomático da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil.
Muito amigável, ele nos prometeu (duas vezes) retornar, depois de explicarmos que outras entidades governamentais não estão realmente respondendo e não parecem entender ou perceber o interesse, relevância e grande utilidade do que propomos.
Também pudemos conhecer vários co-facilitadores dos Grupos de Trabalho mais pessoalmente e “na vida real”, e alguns espontaneamente nos disseram que acharam útil e interessante, e particularmente apreciaram a quantidade de informações que lhes fornecemos sobre autismo (e até mesmo sobre alguns outros temas reflexivos mais amplos).
Também conhecemos vários ativistas de diferentes países e fizemos alguns contatos.
Entre os vários encontros amigáveis, houve um ator cujos comentários apreciamos muito, Bruno Garcia (que parece bastante conhecido e querido no Brasil), com quem pudemos conversar de maneira descontraída.
Também conhecemos Flavio Lino, o Secretário Municipal do Rio de Janeiro do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, um homem muito convincente que carrega uma voz forte e visibilidade para essa população “invisibilizada” e “ignorada”. Temos discutido remotamente há algum tempo, pois há uma interseção significativa entre autismo e falta de moradia. Estamos considerando projetos conjuntos. Mas, como sempre, o principal obstáculo é a indiferença das autoridades públicas.
Quanto ao G20 “per se”, não temos muitas esperanças, no entanto, é importante participar, e é certo que graças à nossa organização e esforços, a palavra “autismo” aparecerá mais de uma vez nos documentos (“pacote de políticas” e declaração) que serão publicados em breve.
A mera menção da necessidade de considerar os autistas não é suficiente para saber *como* considerá-los, mas é um bom começo.
Para saber como considerar adequadamente o autismo nas políticas públicas, começando por estabelecer um órgão governamental especial para o autismo, depois criando um Plano Nacional de Autismo, incluindo particularmente uma política de acessibilidade completa para o autismo, basta nos contatar, dado que conhecemos a maioria das respostas, detalhes e nuances.
(A esse respeito, o Estudo que conduzimos sobre a Estratégia Nacional de Autismo da Austrália pode dar uma ideia do fato de que esta afirmação é fundamentada.)
Só podemos esperar que algum dia as autoridades governamentais finalmente comecem um verdadeiro diálogo atencioso desprovido da abordagem médica ou de preconceitos defectológicos ou outros sobre o autismo.
Transmissão de Vídeo em Português
Transmissão de Vídeo em Inglês (tradução em tempo real)
Reuniões C20 de 02/07/2024 – 9.00 ~ 17:00
1. A presença de Felipe Hees, Sub-Sherpa do G20 no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Ele explicou várias coisas sobre o funcionamento atual e os procedimentos do G20, e respondeu a perguntas dos co-facilitadores dos Grupos de Trabalho.
(veja também https://www.g20.org/en/news/civil-20-holds-midterm-meeting-in-rio-ahead-of-sherpas-gathering)
Tudo isso parece bastante abstrato e “distante”, mas é sempre melhor conhecer essas coisas (e experimentá-las) do que ser totalmente excluído, como se estivesse acontecendo na Lua ou em Marte.
2. A presença de Fabricio Prado, que é o Assessor para a participação social e diversidade no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Muito amigável, ele explicou que agora existem entidades semelhantes para cada Ministério, e que a sociedade civil (nós) pode contatá-las.
No final, ele deu seu cartão a várias pessoas que deram os seus a ele, incluindo nós, é claro.
Já faz um tempo que pretendemos entrar em contato com o Itamaraty (este Ministério) dado que somos uma organização internacional que se engaja em “Diplomacia Track II“, e dado que as outras entidades governamentais que contatamos no Brasil não parecem suficientemente interessadas em nossas propostas de ajuda informativa.
3. Foi também muito útil conhecer vários co-facilitadores e participantes mais pessoalmente.
Alguns co-facilitadores nos disseram que apreciaram muito e aprenderam muito com tudo o que lhes dissemos e enviamos nos últimos meses.
Entre vários encontros:
– Andressa Pellanda (co-facilitadora do Grupo de Trabalho de Educação e Cultura) (à esquerda na foto).
Ela elogiou particularmente nossa participação.
– Luciana Viegas (à direita na foto), uma jovem autista muito amigável e aberta, discutimos muito sobre várias questões e projetos.
– Aio Horiuchi, um ativista do Japão (janic.org). É importante conhecer alguém no Japão, pois atualmente não temos contatos lá (e realmente não procuramos, devido à falta de tempo). Ele gentilmente se ofereceu para nos ajudar um pouco no Japão.
– Simon Vilakazi, um ativista da África do Sul, muito gentil, discutiremos com ele para nos preparar para o C20 2025 na África do Sul (remotamente).
– Pedro Peres (co-facilitador do Grupo de Trabalho de Digitalização e Tecnologia), com quem tivemos discussões interessantes.